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quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Calisto – Capital do Sistema Joviano

Graças ao seu raio orbital de 1,8 milhão de quilômetros em torno de Júpiter, a lua Calisto foi escolhida como a primeira e principal base de colonização do Sistema Joviano. A distância garante baixa influência da letal magnetosfera do gigante gasoso. Também garante maior estabilidade geológica, pois sua superfície de gelo e rocha não sofre marés gravitacionais. Desse gelo e dessas rochas, extrai-se a água, o oxigênio e os compostos químicos necessários para a sobrevivência humana. Das suas maiores cidades, Valhala e Asgard, é controlada a extração robótica de tralphium da superfície jupiteriana. O tralphium é o mais eficiente combustível para propulsores iônicos. Os calistanos são um povo orgulhoso de suas conquistas, pois há mais de duas gerações o Sistema Joviano é autossuficiente. Nas cidades de Calisto – sob quilométricas redomas cravadas no gelo – há indústrias variadas, centros de pesquisa avançados e mesmo produção artística e cultural bastante original (um dos poetas mais cultuados do Sistema Solar, Carlos Sven, é asgardiano). Trens magnéticos interligam as regiões habitadas da superfície, tornando a paisagem de crateras, de -139ºC e de 0,12 G, até turística. Do espaçoporto Utgard partem as naves que – aproveitando o estilingue gravitacional de Júpiter – rumam para Saturno e os demais mundos mais externos. Já há alguns anos, existe um crescente discurso político autonomista nas colônias jovianas, o que tem gerado alguns embaraços entre as administrações locais e a Terra. Da mesma forma, tem crescido o efetivo da FDE em Júpiter, mesmo depois de debelada a última Marcha das Máquinas. Espera-se que qualquer impasse seja resolvido diplomaticamente.